segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capítulo 07 - Você chegou de repente...


         Capitulo 07

  
  A linda “morena” fez um meio sorriso e afastou-se de Kiko, ele não parava de fitá-la. Permaneceu bebendo, o garçom aproximou-se.

_Senhor, aquela moça ali – Apontou para a morena – Mandou que eu lhe entregasse isso. – Um bilhete e um copo com bebida.
_Obrigado.

   Com os olhos semicerrado, Kiko leu o bilhete, mais uma vez reconhecera a letra daquela mulher:


“Que bela despedida de solteiro. Aproveite comigo... Vamos nos permitir?” 

   Com movimentos lentos, por conta do teor alcoólico em seu sangue, Kiko ergueu o rosto e encarou mais uma vez a mulher sentada, bem distante. Ergueu o copo com o drinque que recebera dela e logo em seguida, virou-o. Após alguns segundos, algo não estava indo bem em Kiko, veio uma leve tontura, suas pernas travaram. Ainda com um pouco de força ele saiu do ambiente, indo direto para a área, já cambaleava se segurando nas paredes. Puxou todo o ar que o pulmão permitisse ao sentir o vento frio, mas não deu... Aos poucos, ele foi sentindo sua vista ficar turva, seu corpo escorregando, indo direto para o chão, pelo seu pensamento, pedia ajuda. Como anjo, duas pessoas se aproximaram e seguraram seu pulso, logo adormeceu.

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   A festa de Eduarda estava apenas começando, como surpresa, Jéssica e Rafaela já estavam esperando-a, que ao ver as amigas, não conteve a emoção.

_Que saudades eu estava de vocês.
– Abraçou uma por uma.

Rafaela: _Nós é que estávamos com saudade. Você nunca vai nos visitar.
Michele: _Ela agora é uma mulher casada, cheia de compromissos.

   Na sala estava algumas amigas, Regina, Natalia. O papo começou bem, mas Michele queria ousar naquela noite.

_Querida, se você pensa que veio aqui só pra bater papo, está enganada.
_O que você aprontou dessa vez, Michele?
_Aguarde.

  Foi até um dos quartos e voltou com uma caixa cheia de pacotes de presentes.

_Sua despedida de solteiro não terá nada de coisas de cozinha... É um chá de lingerie.

   Assustada, Eduarda olhou para todas. Já prevendo o que estaria por vir, olhou para Heloisa com vergonha.

_Vocês já devem sacar que estou com essa barriguinha nada sexy, logo não usarei nada hoje nem na lua de mel. – Todas riram.

Regina: _Nós sabemos disso querida, mas digamos que estamos te ajudando para depois que o bebê nascer.

   Ainda sem jeito, Eduarda sentou em uma cadeira no meio da sala, Michele exigiu que ela fizesse isso.

_Duda, vamos iniciar nossa brincadeira. Vou colocar em seu colo um dos presentes. Se você chutar e errar, como não pode beber, vai ter que responder “nossas perguntinhas” – Michele fez aspas com as mãos em um riso maléfico
_Vou te matar, Michele.
_Ainda não vai porque serei sua madrinha de casamento amanhã.

   Errando algumas, Eduarda respondia sobre perguntas intimas, sem jeito olhava para a mãe, que sorria lhe passando confiança. Viraram a madrugada aos risos, quando perceberam, cada uma contava sobre algo intimo. A festa acabou, algumas pessoas foram embora, Eduarda tentou ligar para Kiko, seu celular estava fora de área.

_Ligando para quem, Duda?
_Ele não atende, Mi.
_Fica calma, ele está com o Bruno. Nada vai acontecer.
_Assim espero.
_Vai dormir, mais tarde você tem que ter um dia de noiva com direito a tudo.
_E você?
_Eu? Vou pra casa. Mesmo sem o Bruno por lá, vou.

   Abraçaram e Michele se foi. Eduarda entrou em seu quarto e sentou-se na beira da cama, algo a perturbava, ela sabia que Kiko não estava bem, sentia isso. Procurou esquecer e deitou-se, no mesmo instante pegou no sono.

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   Enjoado, não querendo abrir os olhos por conta claridade que invadia aquele ambiente, foi assim que Kiko acordou. Após muito custo, procurou forças dentro de si e olhou em volta. Aquele quarto ele conhecia bem, algo o chamou atenção, existia um espartilho sobre uma cadeira, meia e uma peruca... Sentou rapidamente na cama, ainda sentindo tontura. Onde estaria? Como um flash, veio em sua mente algumas imagens falhas: A festa, bebida, Bruno e os demais indo embora... A morena com seu belo corpete, seu cabelo negro curto...

_Luana. – Sussurrou.

_Me chamou?

   Kiko ficou estático, inerte. Luana trajava agora a camisa dele, por baixo a calcinha de renda. Saindo do banheiro, ela foi em passos lentos até a cama.

_O que você está fazendo aqui?
_Eu que pergunto Kiko, esqueceu de ontem?

  Com receio de lembrar, Kiko apenas fitou-a assustado.

_Ok, acho que não lembra mesmo.
_Você... A moça que me ofereceu o drinque. O papel...
_Só queria tornar sua despedida de solteiro inesquecível. E tenho que dizer, pra mim sim, foi mais que inesquecível.
_Luana... Não.
_Sim e foi muito gostoso. Mesmo bêbado você ainda conseguiu me domar na cama – Cravou de leve as unhas vermelhas no peitoral dele
_Não toca em mim – Retirou as mãos dela rapidamente como se fosse algo contagioso – Tenho que sair daqui. – Colocou as mãos na cabeça.
_Fica tranqüilo Kiko, não contarei a ninguém.
_Você me dá nojo. – Levantou-se da cama.

   Sentindo um pouco tontura, Kiko foi até o banheiro, lavou o rosto, ao sair pegou as roupas no chão, vestindo-as.

_Devolve minha camisa. – Ordenou
_Ok.

   Ousada, Luana tirou a camisa e entregou-o. Kiko não conseguia sequer olhar para o corpo dela, vestindo, saiu da casa.

   Precisava de um táxi, já que Bruno quem o levara a boate na noite anterior. Procurou afastar-se da casa de Luana o mais rápido possível. Ao chegar na casa dos pais, Regina o olhou estranho.

_Você está bem?
_Sim... – Tirou o celular do bolso, ligando-o.
_Kiko...
_Está tudo bem mãe.
– Rebateu ríspido.

   Tentou ligar para Eduarda, apenas chamou. O jeito era aguardar e procurar esquecer a loucura que fizera na noite anterior.

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   O dia para Eduarda estava sendo inesquecível, ao lado de Michele, desfrutavam do bom e do melhor no SPA.

_Acorda Duda.
_Oi?
– Estava pensativa olhando para um ponto da sala enquanto faziam uma massagem em suas costas.
_O que você tem?
_Nada Mi, esquece. Só ansiedade mesmo.
_Isso faz mal pro bebê. Procura esquecer.
_Shiiii
– Colocou o indicador na própria boca. – Ninguém sabe ainda.
_Foi mal.

   Pela noite, Michele arrumou-se e foi para a Igreja na frente, iria entrar acompanhada de Bruno. Após terminarem de arrumar seu cabelo e maquiagem, Eduarda colocou o vestido aos cuidados da sua mãe, que ficou emocionada.

_Agora vendo você vestida tão perfeitamente assim devo dizer que estou encantada. Está linda minha filha.
_Mãe... Não fala assim que vou borrar minha maquiagem.
– Limpou o canto do olho.
_Ok. Vamos?
_Espera.
– Virou-se para se olhar no espelho. – Me dá um minuto sozinha.
_Não demore. – Saiu.

   Nesse momento, Eduarda fez uma retrospectiva da sua vida, já não se imaginava sem Kiko na sua vida. Passaram por tantas coisas e agora, definitivamente ninguém iria estragar essa noite. Respirou fundo antes de sair daquela sala.

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   Kiko andava de um lado para o outro, aquela Igreja estava pequena demais. Bruno e Michele tentavam lhe acalmar, em vão. O seu receio maior era de que Luana fosse até Eduarda e lhe contasse da noite anterior.

_Fique calmo meu filho. Noivas se atrasam.
_A Duda está demorando demais. Alguém pode ligar para ela?
_Ninguém vai ligar, fique calmo.
_Eu sei mãe, mas é que...
– folgou um pouco o nó de sua gravata, pensativo – Esse negócio tá me sufocando.
_E nem mexa, vai estragar todo o look.

Michele: _Ela ligou pra mim, avisou que estão dentro do carro, estão chegando.

   O coração dele saltitou, um sorriso bobo abriu, ela estaria vindo para definitivamente ser sua esposa.

Regina: _Meu filho, sua mão está gelada. Tenha calma.
Kiko: _Impossível mãe, Duda... Esperamos por tanto tempo para que isso acontecesse. Só quero que seja especial tanto para ela quanto para mim.
Regina: _E vai ser.

   Olhou para Leandro e Bruno, que já posicionavam com o resto da banda ao lado do altar. Ensaiaram dias e dias a musica, nada poderia dar errado. Anunciaram a chegada da noiva, a musica iniciou-se, a porta se abriu. Eduarda, ao lado do seu pai, de longe ele já a admirava, ela estava linda... Sua esposa, mãe do seu filho, sua eterna amante. 

Continua...

2 comentários:

  1. oi adorei o testo...
    quero continuação
    beijos

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  2. Onwww flor, obg. Irei continuar, em Janeiro estarei voltando a digitá-la. *.*

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