Capitulo 01 - Reencontros, familia, amor.

    Prólogo   

     Eduarda POV (Point of view/Ponto de vista)

“Nossa, essa festa está realmente chata, nem sei porque vim, na verdade sei bem, com tudo o que estava acontecendo ultimamente e sendo publicado sobre a minha pessoa e o meu casamento, tinha que mostrar que era totalmente mentira.

Na mesa estavam todos alegres pois os prêmios tinham terminados de ser entregues e o KLB ganhou mais um, confesso que fiquei muito feliz, por mais casada que seja com um dos integrantes ainda me sinto uma fã perdidamente apaixonada pela melodia e os arranjos de guitarras que claro são do meu marido. Pois bem, todo mundo alegre... Menos eu. Algo me incomodava e eu ainda não sabia o que era, me sentia presa ali, queria sair correndo, chegar em casa jogar meus sapatos, tirar meu vestido... Estava sufocada.
 


Pedi licença a todos e fui  retocar minha maquiagem, não queria aparecer feia em algum programa de fofoca, enquanto caminhava ao banheiro percebi o olhar do meu marido estranho mas nem dei bola, era isso o que estava acontecendo entre nós naqueles meses. Entrei e logo fui para o espelho, lembrei de quando fomos àquela boate e Gabriela apareceu por trás de mim e eu só percebi quando olhei para o espelho, maldita! Fora por causa dela que eu e Kiko brigamos naquela noite, a partir dali começou meu inferno. Senti uma saudade imensa de Michele que não estava naquele evento para tudo se tornar mais alegre e divertido.




Retoquei minha make-up e por fim iria passar o batom, procurei-o na minha bolsa e ao olhar novamente para o espelho não foi Gabriela... Foi Carol, me virei para encará-la, queria ficar frente a frente com ela . Posso dizer que reparei na beleza dela? O quanto ela chamava atenção, tinha perfil de modelo, era mais alta que eu, acho que olhando assim ela tinha o mesmo tamanho que Natalia, também, nem posso me comparar a ela, ela tinha apenas o seus 18/19 anos, os seus cabelos negros batiam na cintura, a danada era linda, mas isso não vem ao caso e eu nem poderia reparar nessa beleza toda... Porque eu estava frente a frente com a amante do meu marido!"
 


   

      Flash Back on...



    Ao acordar, Eduarda tateou o lado da cama e percebeu que Kiko não estava mais nela, respirou fundo e sem mais sentiu uma vontade súbita de brigar com ele, sim, quase todas as manhãs seu humor mudava, ela sentia uma vontade imensa de sair no meio da rua brigando com todos, reclamava até da luz do dia, mas todo esse mal humor não durava mais que dez minutos e logo estava rindo para os quatro cantos do planeta.

   Levantou-se e teve que ir correndo para o banheiro, vomitou o que não tinha em seu estomago, aproveitou que estava ali e tomou um banho demorado para pensar na vida, trocou de roupa e foi para a cozinha, Marília na cozinha, arrumando o armário.

_Bom dia menina.
_Oi Marília tudo bem?
_Tudo sim agora você...
Desde que voltaram da fazenda não tinham contado para ela sobre a gravidez mas Eduarda necessitava dar a noticia, queria compartilhar com alguém que iria conviver diariamente.
_Tô mal mas vai passar... – Abriu a geladeira – Você viu o Kiko?
_Está na sala tocando violão

   Com o copo de suco nas mãos Eduarda foi caminhando lentamente até a sala, Kiko estava tocando violão, ao vê-la abriu um sorriso largo e parou com o que estava fazendo anteriormente.

_Bom dia princesa
_Oi – sentou-se no sofá
_Ihh pela cara já imagino, enjoada de novo
_Já me acostumei, vai passar. Amor, estava pensando, temos que falar para Marília sobre a minha gravidez, acho justo ela saber
_Você sabe o que penso sobre isso né Duda? Se dependesse de mim já teria espalhados aos quatro ventos. – colocou o violão de lado e sentou ao lado dela
_Não, nem todo mundo precisa saber, depois falaremos. Então eu posso falar agora pra ela?
_Sinta-se a vontade

Eduarda foi até a cozinha, Kiko foi atrás.

Eduarda: _Marilia preciso te contar algo
Kiko: _Precisamos, eu também quero falar
Marilia: _Vocês dois falando assim eu me assusto
Eduarda: _Relaxa que é coisa boa. Então agora que o Kiko me pediu em casamento, estamos noivos e eu definitivamente irei morar aqui acho que você tem o direito de saber por que estará do meu lado no dia a dia...
Kiko: _Amor, sem enrolar tá – Repreendeu Duda
Eduarda: _Cala a boca Kiko! (Sorriram) Então Marilia acontece que... Em breve teremos uma criança fazendo bagunça aqui no apartamento. (Acariciou o ventre)
Marilia: _Espera... é isso o que eu estou pensando?
Kiko: _Sim Marilia... Estamos grávidos!
Marilia abraçou Eduarda com todo carinho, estava feliz por ela, por Kiko que desde que comprou o apartamento contratou-a para trabalhar lá.
Marilia: _Ahh agora entendi o porquê do casório sair tão rápido né senhor Kiko?
Kiko: _Pois é... (Sorriram) Aconteceu né?
Marilia: _E porque não deixam para casarem quando esse bebê nascer?
Kiko: _Até conversamos sobre essa hipótese né amor – Olhou para Eduarda e ela assentiu com um sorriso – Mas sabemos que depois do nascimento do bebê iremos pensar só nele, vamos dar toda atenção a ele, então porque não curtir esse momento enquanto ele está seguro aqui dentro (Segurou a barriga de Eduarda)
Marilia: _Sei, e você Duda, já tem nomes certos?
Eduarda: _Ainda não Marilia mas espero que quando eu souber venha em minha mente naturalmente.
Marilia: _Me conte como foi que descobriu que estava grávida
Eduarda: _Nossa, foi em uma semana muito corrida, estávamos fazendo os preparativos para o casamento da Michele e do Bê, quando fui visitar a minha tia senti algo estranho no meu corpo e até queria a Michele nesse momento mas ela estava muito ocupada...
Kiko: _Amor, vou me arrumar para irmos para casa da mãe, é hoje que a Michele e o Bruno chegam de Lisboa.
Eduarda: _Vai lá, daqui a pouco eu irei também.

   Enquanto Kiko tomava banho e se arrumava Eduarda ficou conversando com Marilia sobre gravidez e outras conversas de mulheres, após isso ela foi para o quarto usou um vestido solto, justamente naquele dia estava se sentindo gorda. Saíram do apartamento e em menos de meia hora estavam na mansão dos Scornavacca, Regina ao vê-los se aproximou sorridente, abraçou Kiko e deixou Eduarda por ultimo.

_Olá Eduarda – Acariciou a barriga da Nora – E aí como está meu neto, dando muito trabalho?
_Não, o pai dá mais.

Os três sorriram. Franco se aproxima

_Hoje o almoço será mais alegre.

Regina: _Não vimos vocês desde o casamento do Bruno, foram para algum lugar em especial?
Kiko: _Sim, fomos para a fazenda para descansarmos um pouco.
Franco: _E o casamento, sairá quando? Não me inventa de enrolar essa menina me ouviu moleque?
Kiko: _Relaxa pai que o primeiro passo já tomei.
Regina: _E tomou mesmo, estou vendo a aliança na mão dos dois. Muito bonita por sinal.
Eduarda: _Também achei (Levantou a mão direita para olhar a aliança)
Franco: _Combine logo sobre o casório aí com a Regina, enquanto isso eu e o Kiko iremos buscar a Michele e o Bruno, o vôo deles chega já já.

  Kiko olha para Eduarda com um pouco de medo.

_Relaxa amor, pode ir eu fico aqui com a Regina

  Saem deixando as duas a sós.

_É Duda, o Franco não está errado quando falamos sobre o casório de vocês, tem que ser em menos de três meses, a não ser que você queira entrar na igreja com um barrigão.
_Rsrsrs não, quero casar logo com o Kiko, de esperar já basta esse bebê. Ai Dona Regina to tão ansiosa pra ver o rostinho dele.
_Rsrsrs isso é normal, na minha época não tinha essas tecnologias, hoje com a ultrassom 3D você já pode ver o rostinho dele. E aí, o que você acha que vai ser?
_O Kiko vive falando que vai ser uma menina mas eu estou achando que é um menino.
_Então você está certa, mães nunca se enganam.
_Pois é. Agora que estou vendo, onde está a Naty e o Leandro?
_Já já chegam, acordaram bem cedinho e foram olhar uns apartamentos.
_Espera, eles pretendem se casar também?
_Mais ou menos, o Leandro acha que está muito cedo para certas formalidades, enquanto isso vai morar com a Natalia, já que ela vai vir morar em São Paulo.
_Fico feliz por eles.

   Continuaram conversando empolgadas, Natalia chegou e se juntou a elas e ficaram ali trocando informações com Regina que na área de viver uma vida a dois era expert. Kiko chegou com Michele e Bruno, todos foram abraçá-los, Eduarda abraçou a amiga e como já se era de esperar as lagrimas caiam em seu rosto.

Leandro: _Calma Duda, a Michele não vai embora.

  Todos riram e Eduarda entrou no clima descontraído mostrando a língua para ele.
_Ai como eu senti sua falta minha amiga – Michele a abraçou mais uma vez
_Também, agora para de me abraçar assim se não vou chorar mais uma vez (Limpou o canto do olho impedindo de mais uma lagrima fujona cair)

Bruno: _Até parece que só a Michele foi para Lisboa né? Também quero um abraço seu.

Eduarda o abraçou forte.

_Agora sua missão é tomar conta da Michele ok?
_Pode deixar.

Regina: _Só estávamos esperando vocês chegarem, venham, vamos todos almoçar.
Kiko: _Só demoramos porque o vôo deles atrasou mais de uma hora.
Almoçaram em um clima familiar, muitas conversas sobre a lua de mel de Michele e Bruno, sobre locais que eles visitaram por lá, conversaram sobre a gravidez de Eduarda, a mudança de Leandro e Natalia para o apartamento.
Franco: _Já estou vendo que vocês estão ficando adultos, um casado, outro no caminho do altar e o Leandro indo morar com a Naty
Regina: _Caso queiram mudar de opinião aqui em casa tem lugar para todos, tragam as esposas e seremos felizes.
Leandro: _ô mãe, não fala uma coisa dessas, o Kiko logo vai ser pai, o Bruno sei que vai querer encomendar um imagina o barulho de menino chorando aqui dentro de casa.

Todos riram gostosamente.

Kiko: _Você fala como se não tivesse rabo né Leandro? Esqueceu que morar junto com a namorada corre esse risco de encomendar um bebê também? Foi assim que aconteceu entre eu e a Duda
Leandro: _Não, ainda estamos muito novos para sermos pai né Naty?
Natalia: _Ai Lelê olhando assim para a Eduarda e o Kiko me deu uma inveja branca... Quero ser mãe logo logo
Bruno: _Foi trolado... Se prepara Leandro – Todos voltaram a rir
Leandro: _Cala a boca ô cabeção, quando eu e a Naty quisermos ter um filho iremos combinar tudo direitinho.
Regina: _Já chega, sei que o fim dessa historia se resultará em discussão entre o três, mas devo dar minha opinião, Lelê, essas coisas não se combinam, acontecem. Se o destino quiser que isso aconteça vai acontecer sim.

   Ficaram na mesa conversando sobre assuntos paralelos e assim permaneceram até o inicio da noite, todos voltaram para suas respectivas casas. No caminho até o apartamento Kiko ficou inquieto, Eduarda percebeu.

_Ai Kiko como você tá inquieto, o que você quer saber, anda me fala?
_Ah quero saber o que vocês conversaram na minha ausência.
_Está falando da minha conversa com a sua mãe? (Ele fez um gesto afirmativo com a cabeça) Ah conversamos sobre minha gestação, casamento, nada demais. Depois a Naty chegou e ficamos falando sobre coisas normais que qualquer mulher conversa.
_Ok – Segurou a mão dela e beijou – Fico feliz por isso
_Isso o que ?
_Ah, você e minha mãe se darem tão bem.
_E assim será se Deus quiser.

   Chegaram no apartamento e Eduarda foi logo tomar um banho antes que caísse no sofá e dormisse. Aquela água estava relaxando-a, fazendo pensar em como sua vida mudou, seu corpo também, acariciou a região do ventre e por mais que estivesse grávida de só um mês desejou ver alguma mudança, mas não achou. Sentiu um vento frio invadir o ambiente e ao virar Kiko estava entrando no box, beijou-a com delicadeza.

_Te amo sabia?
_Também te amo Kiko... Sempre vou te amar.
Ficaram nesse clima de romance e logo depois foram para a cama, deitaram-se mas Kiko estava inquieto.
_Kiko, se você não parar com essa inquietação juro por Deus que te jogo pela janela.
_Não estou conseguindo dormir, bem que poderíamos namorar um pouco.
_Deixa pra amanhã, eu prometo que vou te ressarcir.
_Poxa Duda, desse jeito nosso relacionamento vai esfriar, quando eu quero, você não quer. – Deu as costas a ela
_Caramba Kiko você tá chato pra cacete né?

   No escuro Eduarda não percebeu mas seus olhos estavam marejando, ao tentar fechá-los para dormir pareciam duas cachoeiras caindo em seu rosto, o soluço veio em seguida e Kiko percebeu, ligou o abajur e virou-se para encará-la.

 _Me desculpa... Eu não queria te machucar Eduarda. Vem cá minha pequena – Puxou-a para perto.


    Eduarda aproveitou o momento e começou a chorar ali mesmo com a cabeça no peito de Kiko, após alguns minutos o choro cessou e ela nem parecia aquele ser chato e chorão de minutos atrás.

_Só vou te pedir para ter mais paciência comigo Kiko.
_Shii... Não fala mais nada.
Ficou acariciando os cabelos dela até perceber que estava mais calma.
_Tudo bem?
_Aham


   Olharam-se e uma mistura de tesão com amor veio a tona, se beijaram forte e demoradamente. Sem cortesia Kiko tirou a calcinha de Eduarda e já sentindo que ela queria tanto quanto ele penetrou-a e pode ouvir o primeiro gemido dela, parou, virou-a para que ficasse de lado, de costas para ele, segurou uma das coxas dela com delicadeza e colocou em seu quadril e a penetrou por trás, ficou sussurrando palavras apropriadas para o momento e assim viu Eduarda atingir orgasmos múltiplos, em um dos últimos também atingiu.

_Gostou? (sussurrou no ouvido dela)
_Você a cada dia me surpreendendo mais né? – Virou-se para encará-lo
_O amor é assim, nos surpreende a cada dia.
_Por isso que te amo
_Eu também te amo muito Eduarda.

   Deixou que ela se aninhasse em seu peito e ficou vendo-a dormir tranquilamente e satisfeita.
 
Continua...